terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Lá vem o clichê do mundo blogueriano (dois pontos) eu voltei!

Queridos leitores (a Karol no caso), cá estou eu de volta e muito me arrependo de ter passado esse tempo longe. A desculpa é que eu tava sem computador, mas poderia usar o da familia - então cancela essa desculpa. Sem desculpas.

Mas sério, hoje coicidiu do meu computador chegar e também de eu ir na livraria comprar um cardeno pra escrever. Sou muito desmemoriada e as vezes fico com medo de esquecer tudo que to vivendo. E o tanto de coisa que já aconteceu esse ano.. Ai, Gabi, so quem viveu sabe.

Vou tentar fazer um resumão de tudo que aconteceu desde a última vez que escrevi aqui em abril. Lá Vai!!

Final do inverno (dois pontos)

CANCELA

Comecei a pensar no que escrever pra resumir e não lembro de mais nadaaaaaa, que inferno. Então tá, vou falar do que tá acontecendo atualmente.

Lembro que num dos posts passados reclamei um pouco da amizades aqui, não tenho o que reclamar agora. Sem dúvidas Lucy e Tiyane são minhas melhores amigas aqui. O problema é que Tiyane tá namorando (bleh) e Lucy tá em rematch e so tem mais 3 meses left T.T não sei o que fazer quando ela voltar pro BR; lá vai eu começar a ir atrás de amizade de novo...

Fds passado foi legal. Eu e Tyiane fomos pro industry city, tomamos cerveja tailandesa e bebemos 6 doses de vodka em um bar que encontramos por lá haha depois, acreditem, fui trabalhar das 18 às 22h. Lucy, nesse intevalo, tava num date com um amigo de um amigo meu. E ela queria pq queria encontrar esse jogador à noite também, mas so iria se eu fosse junto. Não gosto de sair depois do trabalho, fica muito tarde mas decidi ir com ela. Meus hosts chegaram em casa por voltar das 23:30, saí igual uma fugitiva, encontrei Lucy na esquina de casa, um frio do cacete, e partimos rumo a Hoboken de lytf. Fomos pro the Shannon e ficamos esperando os meninos lá. Chegamos em casa quase as 6 am, nada de novo sob o sol.

Tô quase completando um ano aqui, as vezes o desespero vem e passa. Que complicado que é. Nesse meio tempo fui ao Brasil. Não deu pra matar a saudade, não: Não sei o que me esperar pro próximo ano, que alias, decidi ficar por aqui. Então a saudade vai continuar rondando por mais um tempo, mas já passa assim como já passou 2019.

sábado, 6 de abril de 2019

Sobre amores e desamores

Tinha uma preocupação muito grande antes de vir pra cá: que meus kids não gostassem de mim e que eu não conseguisse firmar amizades verdadeiras.

Percebi que pra me enturmar com a galera que já tava aqui eu teria que fazer uma coisa: me oferecer, e se sentisse que tavam me excluindo, teria que me oferecer mais. Odeio isso. Odeio forçação de barra. Tentei, não rolou, baixei a ariana: thank you, next.

Fiquei um tempo só, me culpei por ter desistido cedo demais das “amizades” daquele grupo.   Aí depois surgiu outro, que aparecia aos sábados e às sextas para programas que odiava. Mas pensei cmg mais uma vez: tenho que ceder. Cedi, e concluí que 1) não tava à vontade 2) não ficava feliz de estar com elas  3) só era chamada quando tavam precisando de alguém a mais pra rachar uber.

Foi aí que entendi que ia ser difícil me encaixar com quem já tava aqui há muito mais tempo que eu. Não foi culpa delas e não tem problema nenhum comigo: a gente só tá em vibes diferentes e tá tudo certo. Eis que depois disso, chegaram duas meninas em Glen Ridge. Somos almas gêmeas? Jamais. Mas temos passado bons tempos juntas. Damos risadas, passamos vergonhas, nos embriagamos... e o melhor é que estamos na msm vibe: a de aproveitar isso aqui enquanto temos tempo.


Sobre meus kiddos 

São dois meninos super educados. Um adolescente e um pré adolescente. Tem horas que não é fácil, mas mais difícil já foi. Completei 3 meses aqui e minha relação com eles já mudou horrores. O mais velho é mais fechado, acho que ele tem muito a ideia de “eu já to bem grandinho pra ter au pair”, se acha o espertalhão... é aquela idade (14) que a gente pensa que sabe de tudo da vida. O mais novo, ah o mais novo... é o meu segundo amor americano (o primeiro foi o Rocky - cachorro da casa que me ama desde que eu pisei o pé no batente dessa casa). Tem horas que to deitada, lembro de alguma tolice que ele fez ou disse e me pego dando risada sozinha. 



Por hoje é isso. Já aconteceu tanta coisa.. queria ter menos preguiça de escrever por aqui. Outro dia tava inspirada, mas sem força pra escrever pelo celular acabei indo à moda antiga: papel e caneta. Ainda bem pq tá bem embaraçosa a historia que soltei por lá.

Até a próxima!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O inverno

Ah, que estação maravilhosa...

Você sai de casa, após passar 20 min se cobrindo, e aquela sensação indescritível invade seu corpo: um negócio que penetra nos teus ossos e te sacode por dentro. Plus nariz escorrendo.

Andar sem luva? Jamais. Sem elas teus dedos parece que vão necrosar e cair (é sério).

Nada do que li ou vi sobre o frio me preparou para a realidade que ele é. Mas pensa bem, eu, nordestina, nunca tinha pego uma temperatura menor que 18°c, tinha zero noção desse apocalipse gelado. Antes de vir pra cá, pensava: narr, a galera superestima o frio... Isso não existe. E o primeiro baque que eu tive foi na passarela do avião para o aeroporto. Só tinha um frestinha que deixou um pouco do vento externo passar e, meu Deus, eu pensei, "eu vou morrer".

Sabe quando você tá naquele ar condicionado se tremendo? Pois multiplica o frio por 3 e adiciona um vento estilo aquela brisa que sai da geladeira.

Falando em vento.. New York, mds como venta essa cidade! Todas as vezes que vou pra lá, pra voltar pra estação de trem, é um sofrimento pois de madrugada o clima é sempre pior, e eu tô sempre voltando após tomar umas cervejas. Preciso começar a beber uísque.

Além das tremedeiras que tenho passado devido ao weather (me tornei aquela pessoa que mete um inglês no meio do prt - nunca critiquei.. aa comecei a por legenda em inglês e português no insta por uma causa lógica: agr tenho amigos que não falam prt): um balanço geral:

- Justyna tá indo embora para a Polônia. Tô triste. Justyna é aquela amiga que faz loucura as vzs mas pra quem é boring como eu, é bom ter uma pessoa dessa na tua vida pra te tirar um pouco dos trilhos. Ela que fez eu perder a vergonha de cantar no karaokê. Ela que me encoraja a pedir trocas na minha agenda com a host family. Ela que faz amizade com as pessoas no bar e apresenta pra mim e Ewka. Ela que sabe os caminhos para os bares e o caminho de volta pra pennstation quando tá todo mundo bêbado. Ok, as vezes ela erra o caminho e a gente perde o trem, mas: Ela liga pro Jeff e ele deixa a gente em casa. Ela tem o inglês nível parece que-nasceu-em-Londres que salva muita a minha vida e a de Ewka. Ela que me apresentou Ewka. Ela que me apresentou o Coop pfff. Ela tá sempre me dizendo "YOLO (you only live once = você só vive uma vez), Aléxia".
O que será dos meus sábados sem essa doida me arrastando pra city? Não temos certeza de quando ela irá embora. Daqui a 2 semanas, 3, não sei, mas fico triste só de pensar...

- Sobre garotos. Não tenho paciência pra aplicativo e galera aqui é super adepta. Baixei o okc e atualmente tô conversando com um italiano super gente fina, até então. Ainda não nos vimos pessoalmente, mas o futuro tá aí pra isso.  Foi pelo tinder que Justyna conheceu o Jeff. Jeff toca numa banda, e o vocalista dessa banda conheceu Justyna e pediu que ela apresentasse uma amiga para ele. O nome dele é Coop e essa amiga dela sou eu. Nos seguimos no instagram, a gente curte uma foto do outro aqui e ali, mas ngm manda msg. Americanos são estranhos. Depois que a gente se viu e conversou um pouquinho (pq tive que ir embora - mais uma vez o trem estraga meus planos), ele pediu pro Jeff falar pra Justyna para marcarmos um dia pq ele queria me ver de novo? Cês entenderam? Ele não tem coragem de falar comigo hahahahaah me sinto no ensino médio, recebendo recado. Se ele falasse português, já tinha mandado a real pra ele do tipo "ué pq tu não fala comigo e fica mandando recadinho pelos outros??". Infelizmente não sei me expressar em inglês, e não acho que tenha uma palavra que traduza o sentimento de "ué".

- Semana passada a galera da casa viajou. Fiquei sozinha com o Rocky. Foi taao bom ficar sozinha. O problema é ter que sair de 3 em 3 h de casa para passear com ele. Aí entra a questão do frio de novo AFF. Pra me dar uma folga, os hosts pagaram uma diária num hotel pra cachorro, eu só teria que levá-lo lá e buscá-lo no dia seguinte. Na ida, fiquei um pouco perdida, estacionei num lugar privado e levei uma esculhambação. A primeira que recebi desde que cheguei e, nossa, fiquei mal. O cara foi tão grosso, mas tão grosso, que não sei nem explicar. O carro ficou parado lá por no máximo uns 5 minutos, mas o cara me tratou como se eu tivesse atropelado alguém da família dele por imprudência. No caminho de volta, desabei a chorar, só pensava em voltar pra minha casa real no Brasil. Olha como a gente é tonta. Lembrar de jamais tomar decisão em momento de emoção, seja emoção boa ou ruim.

- Ah, teve o Valentine's Day tbm. A host family me deu uma caixa de chocolate, eles são uns queridos. Eu não dei nada, pois além de pobre, não tava nem lembrando dessa data.

- Fui pra um show de Revelação em Newark. Mais um daqueles roles que me arrependo de ter ido. Se eu não gostava de ir pra esse tipo de festa no Brasil, pq insistir em ir aqui nos EUA se a probabilidade de ser pior é de 70%? Mais uma vez Aléxia tentando socializar + fazer amizades. Lembrar de evitar em ir pra festas em Newark e nunca mais usar a bota de cano curto pq ela estupra meu pé.

- Passei na teste escrito de direção. Oficialmente posso dirigir em New Jersey, obg aos envolvidos. Posso também parar de andar com o passaporte e ficar o tempo todo com medo de perde-lo. Menos uma coisa para se preocupar nos roles, agr a preocupação é só com o trem. Haha

Por hoje é isso. Tô pensando em ir pro show do The Kooks mas ngm quer ir cmg. A solidão da mulher indie em Glen Ridge. Fora isso, não planejei nenhuma viagem e tô com pena de gastar meu dinheiro comprando um iPhone. Preciso trabalhar esse lado mão de vaca que habita em mim, pq o tempo tá passando.

Tchau!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Estou viva!

Fala, pessu!

Como eu sou péssima... Esqueci de fazer o clássico "último post no Brasil" 🤦  De todo modo, não mais no Brasil estoy.

Há quase um mês na terra do Tio Sam, tanta coisa já aconteceu, quero um fazer o post especial de um mês, então nesse presente, vou contar um pouco como foi o treinamento e os primeiros dias na HF.

Passei +/- uma semana em Pio, e que semana agitada. Teve casamento, festa dos primos, ressaca quase morte, natal, batizado da Cat e correria pra embarque.

Último dia no interior foi dia 25/12. E meu voo pra SP era as 2 a.m. do dia 26. Então as 18h do dia 25 peguei um bus de volta pra São Luís.

Ônibus sempre atrasa, e o horário pra chegada em slz que tava previsto pras 22h, foi chegar na real às 23:30.

00:00 cheguei em casa desesperada, terminei de fechar a mala, tomei banho e mal dei tchau pras minhas gatas e minha casinha..

No aero, meus migos e minha prima estavam lá pra me dizer tchau. Muito grata por eles terem se dado o trabalho de ir pro aeroporto naquele horário pra me dar um abraço. Me senti querida. ❤️

Pra falar a verdade, me senti muito amada nessa coisa de despedida, nesse mês de dezembro. Pq as pessoas esperam as outras irem embora pra demonstrar afeto? Bizarro isso, né. Ser humano é complicado.

Ah, ia esquecendo, meus amigos também fizeram uma festa de despedida dias antes de eu ir pra Pio ❤️❤️

Enfim, embarquei. Cheguei chorando no portão de embarque (isso a Globo não mostra), achei chique chorar no aeroporto kkkk

A peste do meu vôo pra sp, tinha escala em Brasília, então vamos ao resumo:

- Sai às 2 AM de São Luís
- Cheguei em BSB as 5 AM
- Sai de BSB as 10 AM
- Cheguei em SP as 11:30

Nisso encontrei Mari, que tava no meu grupo de embarque e também teve que chegar cedo no aeroporto pelo mesmo motivo que o meu: logística.

Nosso embarque pra NY era só as 20h, nisso decidimos rachar um quarto num hotel do aero mesmo. Ficou 60 reais pra cada e super valeu a pena. O quarto era um ovo, mal cabia nossas malas, mas deu pra descansar e tomar um banho antes de pegar 7h de vôo.

Se eu consegui dormir no hotel? Nem um pingo, mas deu pra relaxar.

Foi chegando o horário do embarque, eu Mari fizemos o check-out e fomos encontrar o restante do grupo. Meninas pacaaass! Todo mundo de blusa rosinha da experimento (uó). Legal é que já tínhamos um grupo no whats então todo mundo meio que já se conhecia.

Um curiosidade é que na fila de despachar mala e fila de embarque o pessoal do aero pergunta de um por um coisas do tipo: "você deixou sua mala sozinha por algum tempo?" "Tem certeza que nenhum estranho ficou com ela por 15s?". Eu já tava começando até a duvidar "será se eu num deixei?".

O avião é gigante, mais confortável que os de vôo doméstico (tudo é melhor que avião de vôo doméstico). Eles dão lençol, travesseiro e fone (daquele que passa por cima da cabeça).

Eu sentei na poltrona e adivinhem? Menstruei. Ódios. A Nath me salvou :).

Vi filme, dormi, comi e bum: cheguei em New York.

Dia 27 - Chegando na imigração, fica um cara berrando pra separar os "status" e mando a gente pra uma fila imensaaa. Quando ele viu umas quinhentas meninas de blusa rosa, perguntou "visto de estudante?", e nos tirou da fila gigante e ficamos numa separada, Graças!

Na entrevista, peguei um velhinho simpático. Perguntou pra onde eu tava indo, carimbou meu passaporte e disse "Welcome to America".

Pegamos nossas malas e no saguão de desembarque a moça da agência já aguardava pra nos levar pro hotel. A caminhada do aeroporto pro ônibus já foi o primeiro baque: táxi amarelo!!! *sopra* tá saindo fumaça da minha bocaaaa!!! Eu não tô aqui msm, tô??

O hotel é show de bola. Chegando lá, uma outra moças nos dá umas informações, horários, chave do quarto e etc. É nessa hora tbm que somos informados se ganhamos da host family ou não o tour por NYC. Eu ganhei \o/.

Ia dividir quarto com duas outras meninas: uma do México e uma da Polônia. Elas não tinham chegado ainda, então escolhi a cama e tomei banho tranquila. Quer dizer, quase tranquila, pq não soube ligar o chuveiro. Ficava aparando água da banheira na mão, pense no banho...

Como chegamos pela manhã, tínhamos a tarde livre e decidimos ir pra Times Square. Foi o segundo baque: que trem vamo pegar, que diabo é isso, mds n entendo nada que o taxista fala etc. O passeio foi legal, ficamos só zanzando pela times. É impressionante o lugar, mas tava frio pra cacete.

Cheguei no hotel, fui tomar outro banho e decidi ligar pra recepção pra eles me ensinaram a ligar o chuveiro kkkkk faça isso vc tbm, é bom pra já ir testando o inglês.

Dia 28 - dia inteiro de treinamento. O treinamento é basicamente palestra. Não achei boring como muita gente fala, tem muita informação importante e a senhorinha que deu a palestra pra minha turma é super gente fina.

O tour foi nesse dia, se não me engano. Foi legal tbm. Mas não pague do seu dinheiro!!!! Só vá se a HF lhe der, não vale 80 dol. Ainda mais se vc for morar tão perto de NYC como eu.

Dia 29 - palestra pela manhã e tchauzinho. Eles passam mais algumas informações pra gente. Explicam como as famílias vão nos buscar e etc. E nos despacham, deu tempo nem de dar tchau direito pras meninas.

A menina da Polônia que ficou no meu quarto, Justyna o nome dela, tbm ia pra mesma cidade que eu. E iríamos ser buscadas no aeroporto de Newark. 

Eles separam por região, começam a chamar e você tem que ir. O meu grupo foi o primeiro a ser chamado.

Chegando no aero, percebi que perdi o envelope com as informações de que lugar do aeroporto a família iria me buscar. Como tava com a Justyna, fiquei com ela e rezei pra que a minha família me buscasse no mesmo lugar que a dela.

Ficamos nos duas lá batendo papo e aquele friozinho na barriga aumentando.

Adivinha de quem foi primeira família que chegou? Isso msm, a da Justyna. Nisso fiquei lá matutando: eita meu Deus tô no lugar errado. E o tempo passando, e eu preocupada. Até que muito tempo depois eu ouço: "Aléxia?" e pediu desculpas por estar atrasada. No fim das contas, eu tava no lugar certo e a minha hosta tava perdida hahahha foi uma fofa, viemos o caminho inteiro pra casa conversando. Ela tentou me mostrar alguns lugares mas tava muito escuro, adiantou de nada. Ah e sim, só ela foi me buscar. Um dos meninos estava no treino e o outro tinha ido pra casa de um amigo.

Chegamos em casa, fui recebida pelo Rocky (cachorro) latindo, pulando e me cheirando. Demorou pouco, o menino mais novo chegou. Ela perguntou se eu gostava de macarrão pq faria para jantarmos, me mostrou o meu quarto e o banheiro. Eu subi, tomei banho e fiquei aquela confusão de não saber o que fazer.

Eu desci toda desconfiada/desconfortável. O outro menino estava lá. Decidi pegar o chocolates e entregar pra eles. Tbm tinha trago gibi da turma da Mônica em inglês, uma peteca e uma caixa mágica (daquela que você tem que descobrir como abrir). Logo depois o pai chegou, jantamos, ficamos conversando na mesa de jantar.. eu com meu inglês show de dois dias, pense. Pra mãe eu trouxe um creme de coco para as mãos da Loccitane e pro pai uma Ypióca limão e mel. Eles foram muito legais.

Na real, eles são muito legais. Quase um mês aqui e será possível que eles tão há um mês fingindo serem legais? Me recuso a acreditar.

Dia 30 - No outro dia, já dirigi; noite fomos jantar num restaurante super chique e brindamos à minha chegada. Eu brindei com água, pois como vocês sabem, não bebo. Risos.

Desse dia até entao, muita coisa já aconteceu. Já fui pra NYC três vezes, uma delas sozinha. Já conheci um monte de gente legal. Já fiz amizade em bar. Já cantei em karaokê com um estranho. Já corri pra nao perder o último trem pra casa. Já me questionei mil vezes sobre o que tô fazendo aqui. Já chorei uma vez. Já patinei de gelo. Já assisti jogo de hockey ao vivo. Já vi neve. Já peguei temperatura negativa. Já menti pra host family. Já caí. Já queimei bacon. Já perdi a linha e gastei mais do que deveria.

Todo dia um aprendizado diferente. Só agora nessa quase quarta semana, sinto que os meninos estão ficando mais a vontade cmg e vice-versa. Não é fácil no começo, não mesmo. Nada do que falam pra gente, serve de preparação pro o que é estar aqui. Você é um estranho, morando na casa de estranhos num país estranho. Apesar de que, acho que fui sortuda. Minha host family é paciente, educada, organizada e amorosa uns com os outros. Tem muita menina que embarcou cmg que quando chegou na casa, teve um monte de surpresa ruim. Sou grata por tudo que aconteceu cmg até agora.

Não vejo a hora de começar a ter aula, e tô pensando até em me matricular na academia pq correr nesse tempo não dá rock, não.

Tô escrevendo do celular e meio sem noção se esse post tá grande ou nao. Meninas, mas em breve vou escrever de um notebook e talvez atualizar com fotos pq já tentei colocar por aqui e não consegui.

Por hoje é só. Tá 14°, chovendo, porém tô feliz pq tá "quente". Em que mundo paralelo eu diria algum dia que 14° é quente? Ai, as voltas que o mundo dá...

Xau!